Já não julgo

Já não julgo o viciado pois hoje sei seus motivos, 
O Alcólatra eu entendo, imagino o que passou,
Um andarilho, sujo, com fome, longe de tudo,
sem nada, um ninguém, invisível, deve ter passado
o inferno em sua vida plena.

Todos que partem, aqueles que somem, os suicidas,
os doentes... 
Todos em algum momento tiveram algo em comum.
Foi apunhalado, ou traído, perdeu tudo, não tem mãe, não tem filhos, não tem pai, está sem emprego, está sem dinheiro.

Já não julgo quem desiste.
Não julgo quem se perde. 
Quem era bom e tinha tudo pra dar certo, tinha tudo 
pra ter tudo, e por algum motivo acabou perdendo,
cedendo, se entregando.

Eu não julgo quem surta por acúmulo de problemas.
Por falta de soluções.
Eu não julgo mais nada, pois desse tema eu já entendo.
Eu não falo mais.


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