O Conde e seus Demônios.

Ele ficava pensando quando estava só,
As vezes acompanhado, a noite, bem tarde.
Incessante era a vontade de sentir...
Um pecado sem perdão, vaidade.

Ele sentia o que não tinha e saía de si.
Acumulava desejo em potes mentais descartáveis.
Guardava bem guardado sua intimidade,
E cuidava para que não fosse compartilhado.

Sozinho era um perigo, seus demônios passeavam.
Sozinho era um perigo, seus vampiros os dominavam.
Só a noite, bem a noite, uma lua cheia e oculta.
Saíam vestidos de damas, cavalheiros e prostitutas.

E começava a luta do mal contra o mal.
Onde o bem não tinha vez, ele queria assim.
Ele pensava quando estava só, e era pior.
Uma luta árdua, difícil, sem fim.

Suas histórias eram das mais variadas.
E tinham desejos inusitados...
No sobe e desce e no suor do corpo,
Seus demônios o atentavam...

Então foi pedido uma trégua,
E uma ajuda do bem...
Mas foi como vencer a morte,
Uma ressurreição que nunca vem.

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