Ciclo 21

Era pra ser contraceptivo 
Todo errado da cabeça aos pés, seria pego, 
quase pegaram.
Açúcar da minha sopa boa, quentinha da temporada atual, gostosa.
Todo certo eu era.
Todo errado fiquei, até mesmo contra Instruções de Trabalhos corporativos.
Errando em lugares inusitados, atentado ao pudor cara!
Na lei de Deus julgado.
Na lei do homem analisado.
Na minha própria lei, morto todo dia.
E o pior:
Vai ser citação de "Baile Black - Boogie Naipe": 
"Eu pensei que fosse dizer, quanto mais preta a amora, mais doce, enganei- e! Tola blasfêmia, foi a mais fera das fêmeas"
Ciclos vem e vão. 
Esse veio, ficou e quase não foi.
Adúltero, criminoso, bêbado, brisado e cheio de problemas. 
Foi intenso demais, derrubou meu castelo, desviou minha atenção, e várias vezes quis parar.
Várias vezes decidi não errar mais, todas elas desisti.
A cintura não deixou.
Os seios me seguraram,
Seu chá era grande e macio,
Sua nuca estava em minhas mãos.
O cabelo por toda parte...
Por falar em cabelo, é liso (não pode).
Loiro como o sol do meio dia (NÃO PODE).
Uma exceção da regra, um padrão fora do meu padrão,
um erro claro, como a neve fria dos países que tem neve...
Como o leite Puro que odeio se for sem café ou chocolate...
Um erro transcendental, num pais que nem ligava,
que eu nem ligava, que só artista faz.
Se não fosse a falta de pigmentação, a porcentagem 
de melanina a menos, a crespura que não tem, os lábios finos...
Se não fosse isso...
Teria sido minha, pra me fazer mudar daqui, dali, pra andar pelo mundo.
Era pra ser contraceptivo, talvez até tenha sido.
Pois 90% me causava encanto.
Os outros 10 nem tanto.

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