O vilão que me tornei

Carrego o fardo da culpa! 
Mas não uma culpa que sinto.
Uma culpa que impuseram em mim.
Por ser um homem decidido, 
verdadeiro e preocupado
com a sanidade alheia.
Carrego o fardo da culpa 
e agora sou eu o vilão.

 
Saiba que não sou vítima!
Na verdade, aqui ninguém o é. 
Mas fui Leal, dei meu melhor, 
abri minha casa e meu coração.
Fui sincero e, agora, eu sou vilão.

Odiado entre os amigos.
O assunto proibido com a família. 
Tema dos textos mais odiosos.
Hoje sou vilão...
Sem ao menos roubar um banco ou,
querer conquistar o universo.
Sem gargalhada assustadora, poderes malignos, 
ou máquinas de desintegração de matéria.

Falsos heróis nascem sem saber
a verdadeira história
e já aprendem a me odiar. 
Verdadeiros vilões crescem
e passam desapercebidos.
Ser como sou, tem sido sina,
loop, um ciclo.
Para mim, apenas eu sendo eu.
Para os outros, o poder da verdade, 
o dom da sinceridade, 
coisas que trazem a saudade, 
Me consagra vilão.

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