Paulo, meu parceiro...
É meu parceiro...
Você deixou um vazio em mim.
Toda hora lembro de você.
Sua partida, me dói por dentro.
Achei que fosse voltar do hospital.
Achávamos que era imortal.
É meu parceiro...
A gente sempre discutindo.
A gente sempre sorrindo.
A gente sempre em cumplicidade.
A gente sempre louvando.
A gente sempre orando.
É meu parceiro...
Eu nem tento explicar, pois ninguém entenderia.
Sua mulher, sua mãe, suas irmãs... Sofrem.
Sua partida foi rápida, cedo demais.
É meu parceiro...
Te vi ser curado desse câncer.
Vi você voltar a trabalhar.
Vi você novamente com vontade de viver.
Vi você motivado a servir a Deus.
E até hoje não entendo.
É meu parceiro...
Te deixamos lá...
Eu, Giba, Ferreira, fomos os últimos a ir embora aquele dia.
Ficamos lá, falando de você, falando com você.
Mesmo assim, infelizmente, te deixamos lá...
É meu parceiro...
Olho pro seu portão, você não está lá.
Saudade de tocar na sua mão áspera.
De você me xingar por algo que esqueci de fazer.
De você me chamar pra ir na igreja.
É meu irmão...
Achei que essas coisas só acontecia com os outros.
Mas tinha que ser você?
Não cheguei sequer a te ver nos últimos dias.
Não cheguei a te dar um abraço.
É meu irmão...
A tristeza é profunda.
Mais funda que o precipício.
E por mais que esteja ao lado do pai, a verdade de não te ver amanhã dói como brasa quente sobre a pele.
É meu irmão...
Você odiava drama.
E eu, fazendo nesse texto.
Mas por que seria diferente?
Você não volta mais...
Se puder, aparece nos meus sonhos.
Pra eu te dar aquele abraço que ficou faltando.
É meu irmão...

Comentários
Postar um comentário