Inocência cega


É um erro que você não vê.
E na inocência da sua cegueira passei a fazer morada.
Agora vivo desse erro cego nas noites da semana.
Me escondo no calor do carro, no banco de trás com você.

Essas noites, o tempo perdido, a carona pra casa.
Você me pede carinhos eu dou.
Você me pede beijos, te entrego.
Você me pede atenção e tem.
Você me pede sexo, eu nego.
Nego por medo...

O medo da verdade que escorre na pele como o suor daquele momento quente no interior do carro...
O banco de trás nunca pareceu tão grande, tão aconchegante.
Sua voz imatura, em tom baixo, inconsequente, inconveniente, falando coisas que só você diria.

Menina que os homens desejam o dia inteiro e faz questão de que eu saiba.
Mesmo sabendo que não ligo pois a alguém já pertence seu coração.
Menina que faz planos sem me avisar, que adora minha companhia forte e madura.
Que se entrega a mim de forma cega, sem pensar nas consequências.

Cada momento com sua cegueira e imaturidade tem me dado visão e me tornado maduro.
Visão de um futuro incerto e complicado.
Maturidade o bastante pra não sonhar e saber que isso nunca vai dar certo, mesmo sabendo que foi ótimo estar contigo todo esse tempo.

Comentários

A mais lida