Os Kamikazes

Era uma criança, numa tarde por volta do século XIII.
Vento muito forte soprava na minha terra.
Não entendia tamanho furor.

Era um aviso do Céu?

Não temia o vento, temia a dor que se aproximara.
Não demorou, alarmou-se grandemente meu povo, um ataque!
Invasão do conquistador mongol Kublai Khan
Oh vento, aquele divino vento estranho, nos trouxe salvação, arrastando fora da linha do Japão,

A tão temida maldição!

O sopro, a salvação do Deus protetor que guardara o sangue japonês.
Era o kamikaze, o vento divino!
Cresci e minha nação me convocou...
Não a mim, mas meu sangue perpetuado por tamanho milagre!

E mais uma geração se formou, e outra, e mais outra.

Até que setecentos anos após aquele grande ruído do céu, houve muita dor.
O kamikaze divino se incorporou, agora somos nós nossos atuais salvadores.
Dessa vez, uma entrega, nosso corpo, nossa mente e espírito.
Ah, pátria amada, tens o coração de cada um dos teus!

Banha-se e veste Kamikase.

Arma-te, vento humano, pois chega a hora!
Oh grande outubro de 1944, avassaladores suicidas no Golfo de Leyte!
No mais efetivo ataque, frustrada foi a grande nação na batalha de Okinawa.
Com fuzis e armas, seus homens e navios.

O vento divino interviu, com sua vida a doar.

E a crueldade foi cessada, quando os inimigos mortos estavam espalhados pelo mar.
E esse não foi o fim, em 1945, ela volta, e aquele temível vento, 
é destruído por uma força atômica maior.
Pranto, choro, doença, amargura, revolta, malditos estadunidenses!


Quanta desgraça sofreu meu povo, eu e meus antecessores,
Unidos não, mal sabem eles que aquele vento que soprara outrora, agora vem não apenas como um terrível ruído no Céu.
Agora Kamikase, desce a mais profunda sepultura.


E a qualquer instante, ressurge como furioso furacão.
Vai além a nossa união. 
Terra que nasce o sol e acolhe seu povo com atenção!

Oh quanta gratidão, és lindo Japão!

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