Pequena imensidão



[Tenta despistar a solidão]
Agora faz isso: Escreve.
Porque precisa que alguém a leia.
No calar da noite, vem em sua lembrança...
 ...o quão rápido tem passado sua vida.

Ontem era uma menina que contava estrelas com o pai, depois,
que desenhava e conversava com seus desenhos.

[Sempre foi sozinha]

E hoje, conversa com seus pensamentos!
A vida passa tão depressa. 
É tão forte e cruel, que a vê passar diante de si...
...Sim, por sua janela, ela passa!
Percebe também, em todo tempo que é censurada, 
mesmo antes de acordar...

[Questiona sua existência]

Pra que nascer? O que é a vida? 
Pra que esperar um outro ser humano, se em nós podemos deparar com tanta desgraça? 
Por que a morte demora tanto nesse curto período?
Diz ela: Oh vida, passas tão depressa, e ainda não te vejo. 

Por que é tão abstrata, tão insana, tão dona de si.

Deixe-me, experimentar também de ti!
Não dizes vida, que vivo?
Por que pereço, sem ti.
Me sinto diminuindo
E, assim, percebo
que chegas em
mim, a hora,
de partir!
Escrito e Desenhado por A.A.G







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