O observador
Eu a via, amando o sorriso dele.
Parecia que seu abraço era o mais forte que ela já sentiu.
Com o abraço mais verdadeiro.
Dava pra ver os sentimentos no seu olhar e como os conduzia a ela.
Em partes, ficava constrangida,
parecia o amor mais puro que conheceu.
parecia o amor mais puro que conheceu.
Percebi que no fundo não demonstrava o que sentia por ele.
Apelidado de "coisa" por ela, era estranho.
Era notório que ela não sabia o
que era viver sem ele.
Chorava desesperadamente só de se imaginar longe de sua
proteção,
seu carinho, seu amor.
Faziam tudo juntos, eram cúmplices.
Andavam como namorados eternos!
Hoje, o que ele ensinou, ela ainda guarda no coração.
O milagre no sertão, regou esse amor no início.
Via seus segredos, limitações, alegrias,
brincadeiras, muita chuva!
A música cantada, hoje ela grita pra si só... por dentro.
A música dela, para os dois, permanece.
"Não vá embora, você sempre será."
Assim, eu observava há alguns anos atrás:
Um casal de jovens apaixonados.
Pareciam a mesma pessoa.
Eles respiravam um amor recíproco.
Mas, um dia, aconteceu que por surpresa do destino,
um desatino os separou.
Deixando para trás, marcas de um intocável amor.
O encanto do sentimento foi tão forte,
que perdurou até a elevação da vida posterior.
Numa tarde de janeiro, tudo se acabara.
E com lágrimas, esse conto verídico, ao qual pude observar,
Se eternizou de forma mórbida.
"Está perfeito, atingiu seu máximo"
-Disse a vida-
"Levarei comigo o melhor desta perfeição"
-Disse a morte-
"Só me resta prantear pois me levaram a vida"
-Disse ela-
"De que vale o amor e a confiança hoje em dia?"
-Diz você, leitor, todos os dias-
"Leia esse poema de novo, se não aprendeu nada."
-Digo eu pra você, que observa tudo, enquanto ninguém me vê-

Comentários
Postar um comentário