A distância do vale de Acor


Ela deitou-se sobre o braço e adormeceu...
Minutos antes, ela falava com seu doce amor.
Sentiu algo que jamais pôde explicar.
Sublime, terno, angelical, e ao mesmo tempo, 
desejável de tal forma, como a imensidão 
do conhecimento dos Céus e da Terra.

E no seu pequeno sonho...
Sonhou com um lugar lindo.
E com uma distância próxima.
Distância que era mais que uma mera distância!
Era alguém, que a contemplava com um certo espaço 
para não invadir o sublime sentimento existente, 
e carregava lindas flores nas mãos para ela.

Veio ao seu encontro...
Não, pensou ela, e questionou.
Não se aproxime distância.
Por que queres arrancar de mim o que não lhe pertences?  Não se aproximes!
Não tenho forças pra lutar contra você.


Ela continuou caminhando em sua direção...
E o sonho começou a sufoca-la..
Para onde irei se até nos meu sonhos estou longe? 
-gritava ela desesperada em seus pensamentos-
E durante seu percurso, 
ela vê algo que chama sua atenção.
Quem é?
-Ela grita apavorada-
Quem é você? Quem está ai?
Um homem virado as costas e de cabeça baixa.
Ela teme de tal modo que começa a correr...
Mas, o vento, não a deixa.
Ele vem em sua direção e chama por seu nome.
Eles se abraçam no ponto inicial, no Vale de Acor.


Onde há esperança...
Em contrapartida, esse era um vale desértico onde só havia morte, pedra, cinza e pecado.
No entanto, ambos caminharam lindamente!
Com olhos chorosos, com pele sensível, com coração palpitante, com distância, com amor.




Até que por fim, encontraram as vinhas e a porta de esperança do vale de Acor.
E a distância? O que é à distância? Para onde ela foi? 
Sendo que os conduziram aos dias de bem aventuranças de suas vidas.
E ela (distância) não se retirou, quando era gritada para sair, antes, permaneceu...
E cantavam como nos dias de sua mocidade!
Como na hora da libertação.
Da libertação da escravidão de seus sentimentos, 
ao se encontrarem, e se conhecerem.





Escrita por A.A.G


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